Aluguei o teu corpo para espalhar o veneno que me consumia numa selha de cristal quebrado, a mistura alquímica que é esse teu amor sabe-me a fel e escorre-me pelas veias proeminentes.
As lâminas que me alvejam entre sombras descaradas tatuam rasgos no alento do teu ego oxidado de prazer e este ácido que vertes sem sequer provares o meu antídoto faz de ti um fraco.
Vende ao diabo esse espírito moribundo que o mundo não precisa de mais almas penadas.
Lisboa, 11 de Março de 2012
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